Sem custeio do SUS, prefeito de Resende empurra pretenso Posto do Câncer para setembro e tenta enganar Itatiaia com “vice de Irineu”

Após enganar a população de Resende em 2022 com a falsa promessa de mais de R$ 100 milhões em obras fake do governo do estado a fim de eleger o então candidato adeputado estadual Tande Vieira, o prefeito de Resende, Diogo Balieiro, parece certo que consegue enganar, mais uma vez, os eleitores do sul fluminense. Recentemente o alcaide resolveu reativar as mesmas obras que não saíram do papel e se revelaram engodos de Balieiro, Tande e do governador Cláudio Castro.

Um delas é um pretenso hospital do câncer, previsto para ser inaugurado no dia 1º de abril, dia da mentira. Um reforma no hospital particular comprado pela prefeitura por R$ 4 milhões, obra que já consumiu R$ 40 milhões e que, segundo um vídeo publicado recentemente por Diogo nas redes sociais, “se mostrou mais complexa”.

Procurado recentemente pelo Jornal O Dia, o político ainda não explicou quem vai bancar o funcionamento da unidade, já que o Ministério da Saúde já afirmou que Resende não tem autorização para fornecer esse tipo de atendimento pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.

O Oncobarra, Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) credenciada ao SUS para atendimento a pacientes com câncer da região do Médio Paraíba, também não confirmou os detalhes de um suposto convênio com a prefeitura de Resende para incorporação de um posto de atendimento no município.

A obra, que pulou se abril para setembro, às vésperas da eleição e três meses antes do término do mandato do atual prefeito, que não precisará se preocupar em como manter o funcionamento do hospital, voltou a ser usada por Diogo Balieiro como peça de publicidade eleitoral antecipada, para promover o ex-diretor da Santa Casa Kaio Márcio Paiva, que estaria em negociações para ser vice na chapa do prefeito de Itatiaia, Irineu Coelho.

Usando os autistas para divulgar fake news

Recentemente, Balieiro e Kaio provocaram revolta em Resende e Itatiaia tentando se promover em cima dos portadores do espectro autista. Isso porque o prefeito ignorou o Cemear (Centro Educacional Municipal de Atendimento Ao Autista de Resende), espaço especializado criado pelo ex-prefeito José Rechuan, para tentar empurrar goela abaixo o novo prédio do Cemear, que agora passará a ser chamar Espaço dos Girassóis.

Além de tentar esconder do povo que o Espaço dos Girassóis é o Cemear com outro nome, Diogo e Kaio ainda tentaram enganar a população de Itatiaia ao ignorar o Centro de Educação Especial Nalbert William Ribeiro, construído pelo ex-prefeito Eduardo Guedes.

A realidade é outra

Há alguns dias, artistas de Resende divulgaram um manifesto contra o descaso do governo de Diogo Balieiro, afeito a promover eventos regados a contratos milionários com a empresa MVS Produções, do empresário Markus Vinicius Simão, alguns sob acusação de licitação fraudada, enquanto abandona a Cultura do município.

Resende pobre, endividada e violenta

Atualmente, a marquise do Cine Vitória é o retrato da decadência cultural, mas também o retrato da pobreza do município, afundado em quase R$ 400 milhões em dívidas contraídas por empréstimos bancários feitos por Diogo Balieiro, que promoveu um governo de migalhas concedidas à população empobrecida para se promover nas redes sociais, enquanto largou de lado a infraestrutura, desenvolvimento humano e profissional das pessoas e a geração de emprego e renda. O que pode ajudar a explicar os bolsões de pobreza e escalada da violência na cidade.

Monitora de creche vai para o CTI

Recentemente, um representante dos servidores da Educação do município de Resende usou as redes sociais para denunciar a violência sofrida pela categoria dentro das salas de aula e o descaso do governo do prefeito Diogo Balieiro no enfrentamento do problema. Em um vídeo publicado nas redes sociais na semana passada, o profissional revelou que uma monitora da creche Menino Jesus, localizada no Bairro Contorno, encontrava-se internada no CTI após tentar se suicidar. O que teria acontecido depois de a servidora ter recebido ameaças da mãe de uma criança da creche. As declarações do professor foram ratificadas por meio de diversos comentários, que relatam crises de ansiedade e do pânico, depressão, falta de estrutura na rede para o cuidados dos autistas, assédio e falta de compromisso da administração municipal.