Afeito a fazer o papel de bajulador do prefeito de Resende, Diogo Balieiro, o atual presidente da Câmara, Sandro Ritton, pode encontrar dificuldade em permanecer no comando da Casa de Leis em 2025. Isso, caso o prefeito eleito Tande Vieira cumpra a promessa de não tentar interferir no Legislativo, mesmo que indiretamente, por meio de Balieiro, que estaria dizendo aos quatro cantos que “vai continuar mandando e desmandando” na cidade do sul fluminense.
Ritton estaria com o filme queimado entre boa parte dos atuais vereadores, segundo os conhecedores da política local. Quem conhece do riscado, garante que já há um bloco em formação para peitar o atual presidente na eleição da próxima Mesa Diretora, já que Ritton supostamente transformou a presidência do Parlamento de Resende em uma espécie da balcão de negócio que inclui a enxurrada de cargos comissionados ligados ao vereador.
Enquanto olha para o umbigo dele e parece fingir ser dono da Câmara de Resende, Ritton dá sinais de leniência quando o assunto é fiscalizar os contratos de Balieiro. Recentemente o político teria esbravejado ao qualificar como fake news a existência da ata 380/2024, no valor de até R$ 2,3 milhões pela locação de um micro-ônibus, pelo governo de Balieiro.
O que Sandro Ritton se esqueceu, ou não quis falar, é que a ata de R$ 2,3 milhões é gerenciada pela servidora Norma Cataldo, parente por afinidade do presidente da Câmara.
Os R$ 2,3 milhões se referem à contratação da empresa A & S Agenciamento Turístico Ltda, sediada em Resende, no local onde funciona uma loja de roupas, que também serve de sede para uma empresa concorrente, cujos proprietários possuem ligações com a proprietária da A & S e são fundadores de uma empresa de alimentos em Itatiaia.
Sandro Ritton e Diogo Balieiro também parecem estar juntos em outras farras com o dinheiro do povo. No começo desse ano, os políticos foram denunciados ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, MPRJ, por utilizarem verba pública para bancar um show de pagode em um centro gastronômico privado de Resende.
Na época, durante a apresentação do artista local Diogo Senna, o representante da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda negou a utilização de verba pública no local. O que já estava materializado pelo aparato instalado no Alphapark para apresentação do artista local Diogo Senna, entre outras atrações do projeto “Aqui Tem Samba”, que conta com a participação da prefeitura e da Câmara Municipal.
Além disso, documentos obtidos na própria prefeitura comprovam que Diogo Senna recebeu um total de R$ 30 mil, R$ 10 mil por apresentação.
Na época, além do camparecimento de Diogo Balieiro, a festa teve Sandro Ritton na figura de “garoto-propaganda”.
Confira o vídeo.