O presidente da Câmara de Resende, Sandro Ritton, estaria fazendo um jogo duplo para tentar colocar os potenciais adversários dele, na eleição para a próxima mesa diretora, contra Diogo Balieiro e Tande Vieira, respectivamente prefeito e prefeito eleito da cidade do sul fluminense.
Isso porque o parlamentar estaria ventilando nos corredores da Câmara de Resende e nos bastidores da política local que Balieiro e Tande seriam os responsáveis pela formação de duas chapas governistas boicotando um os três vereadores do MDB, um dos principais partidos da base do governo municipal.
Quem transita pelo pátio da administração municipal garante já ter ouvido Sandro Ritton colocando na conta de seus possíveis adversários a informação de que Tande e Diogo estariam por trás das duas chapas que excluíram o MDB.
Recentemente o líder do MDB na Câmara, vereador Roque Cerqueira, ao que tudo indica, acreditou na conversa de Sandro Ritton ao alfinetar Balieiro pela “rasteira tomada pelo MDB”. Porém, Sandro Ritton, ao que tudo indica, já vem encontrando dificuldade para sustentar os artifícios para manter o abarrotamento de cargos comissionados ligados a ele na prefeitura.
Corpo mole e benesses de Sandro Ritton
Enquanto olha para o umbigo dele e parece fingir ser dono da Câmara de Resende, Ritton dá sinais de leniência quando o assunto é fiscalizar os contratos de Balieiro. Recentemente o político teria esbravejado ao qualificar como fake news a existência da ata 380/2024, no valor de até R$ 2,3 milhões pela locação de um micro-ônibus, pelo governo de Balieiro.
O que Sandro Ritton se esqueceu, ou não quis falar, é que a ata de R$ 2,3 milhões é gerenciada pela servidora Norma Cataldo, parente por afinidade do presidente da Câmara.
Os R$ 2,3 milhões se referem à contratação da empresa A & S Agenciamento Turístico Ltda, sediada em Resende, no local onde funciona uma loja de roupas, que também serve de sede para uma empresa concorrente, cujos proprietários possuem ligações com a proprietária da A & S e são fundadores de uma empresa de alimentos em Itatiaia.
Sandro Ritton e Diogo Balieiro também parecem estar juntos em outras farras com o dinheiro do povo. No começo desse ano, os políticos foram denunciados ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, MPRJ, por utilizarem verba pública para bancar um show de pagode em um centro gastronômico privado de Resende.