Dados divulgados no final de fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que Resende possui cerca de 43,5 mil empregos formais, 32,9% de uma população de 129,6 mil pessoas apuradas em 2021. Ano em que a pesquisa identificou 32,4% de pessoas vivendo com meio salário mínimo, ou menos, por mês. Essa maioria engloba desempregados, população em situação de pobreza e os que ainda não estão no mercado de trabalho, entre outras categorias.
A cidade do sul fluminense possui uma posição tímida no comparativo com os outros 91 municípios do estado do Rio de Janeiro, já que Resende é apenas a 25ª colocada em empregabilidade, a terceira entre os quatro municípios da região das Agulhas Negras, e a 233ª do Brasil.
A partir de dados do IBGE, o portal Caravela identificou que Resende é uma cidade que pode ser considerada estagnada quando o assunto é a geração de novos empregos. Em 2023, o número de contratações e de demissões foram quase os mesmos, 13,9 mil admissões de 13,5 mil demissões, saldo de apenas 455 novos postos de trabalho durante todo o ano. O que coloca Resende entre as piores cidades no ranking estadual e nacional.
Empobrecida, Resende é campo fértil para violência e migalhas do prefeito
Há quase oito anos no poder, o prefeito da cidade do sul fluminense, pelo que apontam os números e a pirotecnia do político nas redes sociais, pouco fez para o crescimento econômico e desenvolvimento das pessoas. Em contrapartida, Diogo Balieiro criou uma espécie de pedintes de pequenos aos passo que se promove nas redes sociais tirando proveito político em cima da população fragilizada, em boa parte por causa da falta de uma política desenvolvimentista do governo dele.
Seguindo essa linha, o prefeito voltou a intensificar suas aparições em unidades de saúde em companhia do pré-candidado a prefeito apoiado por ele, o secretário de Saúde Jayme Neto, sempre acompanhados de cargos comissionados que se encarregam de propagar a imagem dos políticos nas redes sociais.
Porém, apesar de tirar proveito com a distribuição de migalhas aos empobrecidos cidadão de Resende, Balieiro já começa a desagradas boa parcela da população, orfã da desenvolvimento econômico, humano e social. O que é percebido pela alta da taxa de desemprego, mas que também é visível na escalada da violência em Resende nos últimos anos, testemunhada quase todas as semanas por assassinatos de jovens cooptados pelo tráfico.
Porém, os números do IBGE e da própria prefeitura mostram que, apesar de ter arrecadado mais dinheiro nos últimos anos, Resende se endividou, e muito.
No final de , a cidade do sul fluminense já beirava 50% de endividamento, R$ 311 milhões da receita corrente líquida da cidade.
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“Hoje vejo uma cidade que parou no tempo, as pessoas estão mais pobres, sem perspectivas, sem desenvolvimento econômico, sem políticas para tirar as crianças e jovens das ruas. Estamos perdendo eles para as facções, as famílias estão cada vez mais carentes, aquela Resende que era a locomotiva do sul fluminense não existe mais. Hoje o povo precisa correr de pires na mão atrás do prefeito”, diz um morador da região da Grande Alegria, que pede para não ser identificado por meido de retaliação.
A sabedoria do morador também pode ser conferida por dados oficias dos últimos levantamentos do IBGE sobre a mortalidade infantil na cidade do sul fluminense. Segundo o IBGE, Resende possuía 8,83 óbitos por mil nascidos vivos em 2015, número que chegou a aumentar mais de 100% no segundo ano da administração de Diogo Balieiro, para 17,19 óbitos a cada mil nascidos vivos em 2018 e 13,13 em 2020.
Pedintes de Diogo Balieiro
Porém, os empobrecidos cidadãos resendenses dos últimos anos pelo desemprego e endividamento da cidade que não estão dentro da “gaiola de Diogo Balieiro” sofrem por causa do favorecimento dos que são forçados a comerem, e se contentarem, com as migalhas do alcaide. Foi o que parece ter acontecido há alguns dias com uma moradora da cidade vizinha de Porto Real, que buscou atendimento no Hospital de Emergência de Resende, onde não havia médico para a retirada de um corpo estranho que havia caído no olho dela. Porém, a mesma afirma ter conseguido atendimento através do contato direto do prefeito, Diogo Balieiro, que é oftalmologista.
“Está ai a prova, não sou moradora de Resende e ainda fui atendida pelo prefeito da cidade”, disse a moradora.
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Furada de fila
Um vídeo recente do vereador de Resende Reginaldo de Engenheiro Passos, além de outros documentos, voltaram a causar revolta nos moradores da cidade do sul fluminense que aguardam semanas ou até meses nas filas de espera por exames, cirurgias e outros procedimentos de Saúde. Isso porque pacientes de Itatiaia estariam sendo indicados pelo prefeito de Itatiaia, Irineu Coelho, aliado de Diogo Balieiro. A suposta furada de fila em cima dos pacientes resendenses, de quebra, engorda ainda mais o endividamento da cidade do sul fluminense, que já ultrapassou R$ 311 milhões no final do ano passado, sob a gestão de Diogo Balieiro.
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Suposta compra de votos chega ao MP
O que tem a ver a visita de um deputado estadual a uma unidade estadual de ensino de Itatiaia com a direção da Santa Casa de Misericórdia de Resende? Esse é um dos questionamentos que chegou ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o MPRJ, após a presença do deputado estadual Tande Vieira ao Ciep Ezequiel Freire em Itatiaia em publicações veiculadas no final de janeiro. Na ocasião, o parlamentar esteve acompanhado do diretor da unidade de Saúde Kaio Márcio Paiva, que é de Resende e se mudou recentemente para Itatiaia para disputa da eleição municipal, anunciado como possível candidato do prefeito de Resende, Diogo Balieiro, que ainda é oficialmente aliado do prefeito de Itatiaia, Irineu Coelho.
“Da mesma forma, o mesmo é citado pela no instagram por Angélica Alvarenga como tendo utilizado os recursos da Santa Casa para atendimento da mãe dela Alice Maria de Alvarenga Silva. Isso prova que Kaio Márcio está utilizando recursos públicos da Santa Casa de Resende para compra antecipada de votos por meio de atendimentos médico-hospitalares, o que requer uma ação rápida e precisa deste respeitável Ministério Público”, diz a denúncia.
A suposta compra de voto por meio de atendimento de saúde teria acontecido há alguns dias para a mãe da diretora do Ciep Angélica Alvarenga, Maria Alice Alvarenga, ambas citadas na denúncia.
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