Tiago Forastieri estimou que o município do sul fluminense conta com um excesso de repasse de mais de R$ 4 milhões, que podem beneficiar os profissionais caso o prefeito mande o projeto até o dia 31 de dezembro para a Câmara
Afeito a enviar projetos a “toque de caixa” para a Câmara Municipal quando as proposituras parecem atender aos interesses de seu governo, como um empréstimo bancário de R$ 25 milhões aprovado em tempo recorde em outubro, responsável por engordar ainda mais a dívida do município, atualmente em R$ 311 milhões, o prefeito de Resende, Diogo Balieiro, parece não mostrar a mesma agilidade e interesse quando o assunto são os servidores concursados da prefeitura.
Pelo menos é isso que o alcaide deixa transparecer pela corpo mole que parece fazer em relação ao abono-Fundeb, que é a utilização prevista em lei da destinação do excesso de arrecadação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Isso porque Resende tem mais de R$ 4 milhões de excesso de arrecadação que podem ser rateados aos servidores da Educação, na forma de abono. O que depende de um projeto que precisa ser aprovado pela Câmara até o dia 31 de dezembro, segundo o vereador Tiago Forastieri, que usou as redes sociais para pedir ao prefeito o envio do projeto, o que não teria acontecido até o dia 24 de dezembro.
“Nós temos excesso de arrecadação, sobre do Fundeb e nós podemos sim votar ainda nesse recesso parlamentar, quem sabe um abono até o dia 31 de dezembro. Nosso município estimou arrecadação de R$ 85 milhões vindos do FNDE. Só que, hoje dia 24 de dezembro, nós já recebemos mais de R$ 88 milhões… e ainda teremos mais dois repasses… as contras que eu fiz, nós teremos um excesso de arrecadação de mais de R$ 4 milhões… aí eu deixo a sugestão para o prefeito municipal… ainda temos até o dia 31 de dezembro pra votar… se o senhor mandar um projeto de lei para que façamos uma sessão extraordinária na Câmara, no intuito de dar abono com esse excesso de arrecadação”, declarou o vereador.
Assista a seguir ao vídeo do vereador pedindo ao prefeito pelo projeto do abono-Fundeb.
O eventual travamento do abono-Fundeb aos servidores da Educação de Resende, se confirmado, contrasta com o que o que se desenha como festival de empréstimos bancários contraídos durante a gestão de Diogo Balieiro, que ajudaram Resende a ultrapassar R$ 311 milhões em dívida, quase 50% da receita corrente líquida da cidade do sul fluminense. Porém, como boa parte dos serviços e equipamentos, principalmente na Saúde, são alugados, a “bolha de Diogo” já estaria apresentando sinais de “começo de ruptura”. Para ler mais sobre esse assunto, clique nesse link.